Um caso incomum envolvendo uma criança colombiana que tinha outro bebê dentro do próprio abdômen vem ganhando atenção internacional.
No entanto, o que a equipe médica descobriu foi muito mais surpreendente e perigoso:
As imagens mostraram dois cordões umbilicais, embora Mônica não estivesse esperando gêmeos.
Era seu próprio bebê, Itzamara, quem estava criando um feto no abdômen.
Esse fenômeno estranho ocorreu em Barranquilla, Colômbia, e especialistas estimam que ocorra em um em cada 500.000 nascimentos.
Em entrevista ao The New York Times, Miguel Parra-Saavedra, especialista em gravidez de alto risco, explicou que a irmã gêmea de Itzamara que não tinha sido localizada em nenhum exame anterior se desenvolveu dentro da menina em vez de crescer no útero da mãe.
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É um dos casos mais estranhos que vemos em medicina fetal. As células que iriam formar as gêmeas não se dividiram no momento adequado. Por isso, uma se desenvolveu enquanto a outra ficou dentro da irmãzinha”,
explicou a Rádio Caracol, em Barranquilla, na Colômbia.
Toda estrutura viva precisa de nutrientes e oxigênio para sobreviver.
Segundo o médico, o gêmeo grande (neste caso Itzamara) obtém nutrientes e oxigênio para se desenvolver através do cordão umbilical e da placenta de sua mãe.
O gêmeo “parasita”
Mas o gêmeo “parasita” recebe comida de sua irmã:
Ele não tem placenta, então seu irmão precisa fornecer a ele seu próprio oxigênio e nutrientes.
O Dr. Parra explica que esse gêmeo é acrídico:
Ele não tem cérebro nem coração, e para bombear seu sangue, ele usa o coração de seu irmão.
Se ela não tivesse sido diagnosticada a tempo, a menina poderia ter crescido por anos com esse feto parasitário crescendo dentro de seu abdômen”,
diz o médico.
Normalmente, esse raro fenômeno de descoberta após o nascimento, portanto, o caso de Itzamara é uma das poucas vezes em que foi detectado no pré-natal.
No caso de Mônica, a divisão do zigoto ocorreu após a segunda semana. Por causa disso, surgiu o fetus in feto quando o bebê que não se formou adequadamente é encontrado no corpo do gêmeo em desenvolvimento.
É como ter um parasita grande. Mas uma coisa é ter um verme e outra ter uma estrutura que suga a sua comida, a sua comida e que não lhe traga nenhum benefício. Esse parasita iria enfraquecer e desnutrir você. Ele também poderia machucá-lo. alguns de seus órgãos”,
diz o Dr. Parra.
Um artigo publicado na revista científica British Medical Journal indica que a probabilidade desse fenômeno acontecer é de uma em cada 500.000 gestações
Apesar de o caso de Itzamara ter sido detectado ainda durante a gravidez, situações como esta geralmente são descoberta somente após o nascimento.
Com a identificação precoce, a equipe médica realizou uma cesárea emergencial para evitar riscos de saúde para a menina que também passou por cirurgia para retirar a irmã alojada em sua barriga.
Fenômeno raro
Esse tipo de gravidez normalmente é gerada a partir de um único zigoto (óvulo fecundado pelo espermatozoide). Em casos em que a estrutura de divide na primeira semana, gera-se gêmeos idênticos.
Se ocorrer na segunda semana, são formados gêmeos siameses quando dois bebês nascem fisicamente conectados um ao outro.
Cesariana após o nascimento
Isso significa que a pequena Itzamara teve que passar por uma operação poucas horas depois de nascer.
Isso significa que o pequeno Itzamara teve que passar por uma operação poucas horas depois de nascer.
O Dr. Parra explica que eles decidiram se submeter a uma cesariana antes da 40ª semana de gravidez, pois todos os dias que Itzamara passava no ventre de sua mãe eram mais um dia com esse parasita que a enfraquecia.
Itzamara fez um ultrassom logo que nasceu para identificar onde o feto estava localizado. Uma vez localizado o parasita, uma equipe de cirurgiões realizou uma cesariana para removê-lo.
Dr. Parra afirma que a operação foi um sucesso.
Agora ela é uma garota que se desenvolve muito bem. Ela se recuperou muito bem da cesariana, que ocorreu 24 horas após o nascimento”,
disse Dr. Parra a Rádio Caracol.
Fonte: Aqui
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