Embora isso possa parecer uma boa notícia sobre como a vida segue seu caminho, na verdade não é quando consideramos a causa e o que ela acarreta.
O uso excessivamente intensivo da terra, combinado com o aumento das temperaturas, está empurrando os ecossistemas de insetos para o colapso em algumas partes do mundo, algo que os cientistas apelidaram de “o apocalipse dos insetos”.
“Três quartos de nossas plantações dependem de insetos polinizadores”,
explicou anteriormente Dave Goulson, professor de biologia da Universidade de Sussex, no Reino Unido.
“As colheitas começarão a falhar. Não teremos coisas como morangos. “Não podemos alimentar 7,5 milhões de pessoas sem insetos.”
Agora, um estudo publicado por pesquisadores da Universidade de Montpellier, na França, descobriu que algumas plantas que dependem de insetos para sua reprodução evoluíram e encontraram uma forma de resolver esse problema:
A autopolinização.
Ao comparar violetas de campo (Viola arvensis) que crescem hoje na região de Paris com violetas das mesmas localidades ressuscitadas em laboratório a partir de sementes colhidas entre 1992 e 2001, a equipe francesa concluiu que as flores atuais aumentaram a autopolinização em 27% e são também menores, produzem menos néctar e são menos atraentes para os zangões em comparação com as violetas cultivadas a partir de sementes antigas.
Círculo vicioso
Pensa-se que esta rápida evolução se deve ao declínio das populações de polinizadores na Europa. Na verdade, um estudo realizado na Alemanha mostrou que mais de 75% da biomassa de insetos voadores desapareceu das áreas protegidas nos últimos trinta anos.
O estudo recente, publicado na revista New Phytologist, identificou um ciclo vicioso em que o declínio dos polinizadores leva a uma redução na produção de néctar pelas flores, o que por sua vez pode agravar o declínio destes insetos.
Tudo isto sublinha a importância de implementar medidas para combater o “cenário do Juízo Final” o mais rapidamente possível e, assim, salvaguardar as interações entre plantas e polinizadores, que existem há milhões de anos.
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