Jovem inventora desenvolve mecanismo que gera energia a partir das ondas do mar
Uma jovem estudante com alma de inventora viu uma oportunidade em meio a uma tragédia.
Quando Inna Braverman era criança, ela teve que enfrentar uma situação muito perigosa:
O desastre nuclear de Chernobyl.
Na década de 1980, ela morava com sua família nos arredores de Kiev (Ucrânia), no meio da área afetada. Obviamente Chernobyl a marcou para o resto da vida, o que motivou Braverman a inventar um mecanismo para gerar energia gratuita para o mundo.
Com apenas 24 anos de idade e sem experiência em engenharia, Braverman lançou uma tecnologia inteligente e de baixo custo que aproveita a força das ondas do mar e a transforma em eletricidade limpa.
A história dela…
Quando ela tinha duas semanas de idade foi exposta a partículas potencialmente mortais após o desastre nuclear de Chernobyl em 1986, quando a explosão do Reator 4 enviou uma nuvem de radiação para os céus da Europa.
Braverman relata:
Minha mãe me encontrou sem vida em meu berço e eu estava clinicamente morta. Felizmente, ela era enfermeira e conseguiu me ressuscitar. Ela me deu uma segunda chance na vida.”
Quando ela tinha apenas 4 anos, Braverman e sua família imigraram para Israel, onde estudou ciência política e literatura inglesa na Universidade de Haifa.
Foi enquanto trabalhava como tradutora em Tel Aviv para uma empresa de energia renovável que ela se apaixonou por explorar o potencial da energia das ondas.
Nasce a Eco Wave Power
A luz que ela pôde ver em Tel Aviv a levou a co-fundar a empresa de energia das ondas Eco Wave Power em 2011, juntamente com David Leb, seu parceiro de negócios.
Braverman explica:
Eu cresci perto da praia em Israel olhando para o oceano. Quando conheci David, ele havia acabado de investir em um hotel de surfe no Panamá. No final das contas, éramos ambos apaixonados pela energia das ondas e por eliminar os problemas que impediam a comercialização da energia das ondas.”
O esforço valeu a pena e o sucesso veio. Sua empresa ganhou reconhecimento mundial. No início de 2020, ela apareceu na prestigiosa lista das “30 mulheres mais influentes do século 21” do MSN, ao lado de Michelle Obama e Oprah Winfrey.
Além disso, Eco Wave Power fez sua estreia IPO na bolsa Nasdaq First North, uma plataforma de crescimento para centenas de startups de tecnologia.
Com as usinas que colocou em operação no porto de Jaffa, em Israel e em Gibraltar, Inna Braverman já demonstrou como o sistema Eco Wave Power desbloqueia uma mudança radical no setor de energia das ondas.
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Como funciona o mecanismo?
(Obs: O vídeo está em inglês; porém você pode ativar as legendas em português. (clique aqui e veja como fazer))
Tudo está voltado para a energia das ondas, ou seja, a energia gerada pelas ondas que aproveitam seu movimento para produzir vento para fazer um trabalho útil, por exemplo, neste caso, gerar eletricidade.
Em vez de instalar usinas de energia das ondas offshore vários quilômetros no mar, a empresa montou flutuadores e geradores em estruturas costeiras feitas pelo homem, como cais e quebra-mares.
Uma máquina que explora a energia das ondas é um conversor de energia das ondas. É uma das fontes renováveis de energia atualmente em estudo.
A geração de energia das ondas não é uma tecnologia comercial amplamente usada em comparação com outras fontes de energia renováveis estabelecidas, como eólica, hídrica e solar.
No entanto, tem havido tentativas de usar esta fonte de energia desde pelo menos 1890, principalmente devido à sua alta densidade de potência.
A equipe da Eco Wave Power está agora traçando o futuro com vários projetos no pipeline, totalizando 190 MW.
Estes incluem um projeto de 4,8 MW no México e uma estação consideravelmente maior de 50 MW na China, bem como projetos na Escócia, Portugal, Itália e Reino Unido.
Um olhar para o futuro
A visão de Braverman para o futuro combina perfeitamente com um argumento convincente de por que a energia das ondas é a próxima grande novidade.
Braverman explica:
A energia das ondas será tão rentável quanto a solar e, em um local adequado, poderá estar disponível 24 horas por dia, 7 dias por semana. A densidade da água é mil vezes maior do que a do ar, por isso nossas instalações ocupam espaços muito menores. Além disso, a usina das ondas é totalmente segurável e respeita o meio ambiente.”
Braverman acrescenta:
Ao contrário das instalações offshore, não colocamos cabos no fundo do oceano, o que atrapalha a vida marinha. Os flutuadores são feitos sob medida e possuem um mecanismo de proteção contra tempestades. Quando as ondas estão muito altas, os flutuadores sobem automaticamente e se prendem em uma posição ascendente.”
Após o lançamento do IPO, os olhos de Braverman estão firmemente voltados para a construção da primeira usina de energia das ondas em grande escala do mundo.
No entanto, para conseguir essa mudança, Braverman precisa desenvolver melhores capacidades de teste e reforçar a equipe com engenheiros hidráulicos e elétricos, bem como especialistas em software e automação.
Braverman espera expandir seu alcance e levar energia limpa para outras partes do mundo, inclusive com o objetivo de alcançar os Estados Unidos e outros países europeus.
E certamente terá sucesso..
Veja o vídeo:
(Obs: O vídeo está em inglês; porém você pode ativar as legendas em português. (clique aqui e veja como fazer))
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