A contagem regressiva começou: físico promete máquina do tempo em 4 anos
Físico afirma que máquina do tempo estará pronta em apenas quatro anos — a promessa que divide a ciência
O professor Ronald Mallett, da Universidade de Connecticut, lançou uma previsão que sacudiu debates: segundo ele, a viagem no tempo poderá se tornar realidade já em 2029.
O professor **Ronald Mallett**, da Universidade de Connecticut, está chocando o mundo científico com seu anúncio ousado: a **viagem no tempo** se tornará realidade já em 2029.
Este físico teórico americano dedicou sua vida ao desenvolvimento de uma teoria que poderá mudar para sempre nossa compreensão do tempo. Segundo ele, todos os cálculos matemáticos necessários já foram feitos; tudo o que resta é construir o dispositivo apropriado.
Uma história digna de Hollywood

A história de Mallett parece um roteiro de filme de Hollywood. Quando ele tinha apenas dez anos, seu amado pai, **Boyd**, morreu repentinamente de um ataque cardíaco aos 33 anos. Devastado, o menino encontrou consolo na leitura de uma história em quadrinhos baseada no romance *“A Máquina do Tempo”, de H.G. Wells*.
Foi então que nasceu uma obsessão que moldaria toda a sua vida: o sonho de retornar ao passado e salvar seu pai.
Durante anos, Mallett escondeu seu fascínio por viagens no tempo. Ele sabia que revelar as verdadeiras motivações por trás de sua pesquisa científica seria considerado loucura. Após servir na Força Aérea durante a Guerra do Vietnã, ele usou os benefícios para veteranos para obter um doutorado em física pela Universidade Estadual da Pensilvânia em 1973. Ele ingressou na Universidade de Connecticut em 1975 e, por décadas, dedicou-se à pesquisa convencional sobre buracos negros e cosmologia, mantendo seu verdadeiro propósito em segredo.
A descoberta crucial ocorreu quando Mallett compreendeu uma relação fundamental decorrente da teoria da relatividade geral de Einstein. Se a gravidade pode afetar o tempo, e a luz pode produzir gravidade, então a luz também pode afetar o tempo. Essa descoberta tornou-se a base de sua teoria de uma máquina do tempo baseada em um laser em forma de anel.
O projeto: laser em anel

O projeto de Mallett utiliza um feixe de laser circulante para distorcer o espaço-tempo. O cientista explica isso com uma analogia simples: uma xícara de café. O espaço é o café, e a colher é o feixe de luz circulante. Quando mexemos o café com a colher, o líquido começa a girar. Da mesma forma, um feixe de laser intenso e rotativo pode “mexer” o espaço vazio, fazendo-o torcer.
Einstein demonstrou que o espaço e o tempo estão inextricavelmente ligados em um único tecido chamado espaço-tempo. Buracos negros em rotação podem distorcer o tempo em um laço através de um fenômeno chamado frame-dragging (arraste de referência). Mallett demonstrou matematicamente que um efeito semelhante pode ser alcançado com um feixe de laser circulante, criando curvas temporais fechadas — trajetórias teóricas no espaço-tempo que retornam ao seu ponto de partida não apenas no espaço, mas também no tempo.
Limitações e o paradoxo do avô
No entanto, a tecnologia possui limitações fundamentais que resolvem o famoso paradoxo do avô. A máquina do tempo só poderá enviar informações até o momento em que for ativada pela primeira vez, nunca antes. Se o dispositivo for ligado em 2029, será possível enviar mensagens para o ano de 2029 e além, mas não para a época dos dinossauros ou da Roma Antiga. Ou seja se ela ficar ligada 10 anos, poderá mandar mensagens durante esse tempo. Essa propriedade explica por que não encontramos viajantes do tempo vindos do futuro — a máquina ainda não existe.

Inicialmente, o sistema permitirá apenas a transmissão de informações em código binário, não de objetos físicos ou pessoas. No entanto, isso será suficiente para aplicações revolucionárias. Imagine poder enviar um alerta sobre um terremoto iminente uma hora antes de ele ocorrer, ou transmitir informações sobre a cura de uma pandemia com alguns dias de antecedência. Mallett já construiu um protótipo de demonstração (veja detalhes na sua página e em publicações técnicas) que demonstra como um feixe de luz circulante pode distorcer o espaço-tempo.
Críticas e objeções científicas
A teoria de Mallett se baseia nos sólidos fundamentos da relatividade geral, mas nem todos os físicos estão convencidos. Ken D. Olum e Allen Everett, da Universidade Tufts, publicaram um artigo em 2005 apontando problemas na análise de Mallett. Eles observaram que o espaço-tempo usado em seu modelo contém uma singularidade mesmo quando o laser está desligado, o que não deveria ocorrer naturalmente. Além disso, o teorema da conservação da cronologia de Stephen Hawking, de 1992, sugere que é impossível criar curvas temporais fechadas em uma região finita que satisfaça a condição de energia fraca.
O ganhador do Prêmio Nobel, Kip Thorne, afirmou que, embora viagens no tempo e buracos de minhoca sejam teoricamente possíveis, o experimento é tão complexo que não pode ser realizado com a tecnologia humana neste século. Os críticos também apontam que a criação de uma máquina do tempo funcional exigiria energia na escala de uma estrela em explosão, muito além de nossas capacidades tecnológicas atuais.

Mallett admite que o projeto requer centenas de milhões de dólares em financiamento. Até agora, ele não conseguiu garantir os fundos necessários, e a perspectiva de construir um dispositivo em escala real permanece distante. O próprio cientista já tem quase oitenta anos e pode não viver para ver seu sonho de vida se tornar realidade.
O mais doloroso para Mallett é perceber que, mesmo que uma máquina do tempo funcional seja construída, ele jamais verá seu pai novamente. O dispositivo só poderá transmitir informações até ser ativado, o que significa que o passado anterior a esse evento permanecerá para sempre inacessível. A trágica ironia é que a tecnologia que Mallett tanto almeja criar por amor ao pai jamais lhe permitirá retornar ao momento da morte deste, em 1955.
Persistência e visão otimista
Apesar dos desafios e das críticas, Mallett permanece otimista. Ele acredita que seu trabalho estabelecerá a viagem no tempo como uma possibilidade real e que as gerações futuras poderão usar essa tecnologia para controlar o tempo e moldar o destino da humanidade de maneiras positivas. Ele vislumbra um mundo onde possamos alertar sobre desastres iminentes, prevenir pandemias e proteger a humanidade de ameaças antes que elas surjam.
Veja o vídeo:
(Obs: O vídeo está em inglês; porém você pode ativar as legendas em português. (clique aqui e veja como fazer))
Mallett publicou sua autobiografia, “Time Traveler: A Scientist’s Personal Mission to Make Time Travel a Reality“, em 2006, revelando publicamente pela primeira vez seu fascínio por viagens no tempo. Os direitos de adaptação cinematográfica do livro foram adquiridos pelo diretor Spike Lee, embora o filme nunca tenha sido produzido. A teoria de Mallett ganhou atenção mundial, aparecendo em programas de televisão, artigos científicos e nas redes sociais.
Ceticismo e o futuro incerto
A questão é se a ousada previsão de 2029 é realista ou apenas o desejo desesperado de um homem que dedicou toda a sua vida a um único objetivo. A maior parte da comunidade científica permanece cética, citando as enormes barreiras tecnológicas e energéticas. No entanto, a mera possibilidade de um cientista sério com formação universitária anunciar um prazo específico para viagens no tempo indica que a linha entre ficção científica e realidade está se tornando cada vez mais tênue.

Daqui a quatro anos, saberemos se Ronald Mallett estava certo ou se sua previsão foi otimista demais. Independentemente do resultado, sua história continua sendo um testemunho inspirador da determinação humana, do amor e da fé no impossível. Ela mostra que, às vezes, as maiores descobertas científicas surgem não de cálculos frios, mas de tragédias e desejos profundamente pessoais. E mesmo que a máquina do tempo nunca se materialize, Mallett já alcançou algo extraordinário: inspirou milhões de pessoas a pensar sobre o tempo de uma maneira completamente nova.
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