
Arqueólogos descobriram recentemente em Milão, na Itália, um achado perturbador:
O esqueleto de uma jovem, com idade estimada entre 17 e 20 anos, que apresenta evidências claras de um dos métodos de execução mais cruéis da história medieval.
Os restos mortais, datados do século XIII, revelam uma história trágica e brutal registrada nos próprios ossos da vítima. Marcas e fraturas sugerem uma tortura prolongada e metódica, seguida de uma execução malsucedida, típica de práticas punitivas da Idade Média.
A descoberta foi detalhada em um estudo publicado na Science Direct e conduzida por pesquisadores da Universidade de Milão. Entre os cientistas envolvidos estão Cristina Cattaneo e Mirko Mattia, que identificaram fraturas simétricas nos membros do esqueleto. Essas lesões são compatíveis com o uso da roda de tortura — também conhecida como roda de Santa Catarina — um instrumento medieval projetado para causar dor extrema por meio do esmagamento dos ossos do corpo humano.
Esse dispositivo de execução foi amplamente utilizado na Europa, desde a Antiguidade até o final da Idade Média, especialmente em casos considerados particularmente graves. As vítimas eram amarradas à roda e, em seguida, tinham os membros esmagados com instrumentos pesados. Após essa etapa, os ossos quebrados eram entrelaçados nos raios da roda, que era erguida para exibir o corpo da vítima, muitas vezes deixada para morrer lentamente, exposta ao tempo e a animais necrófagos.
A análise forense do esqueleto também revelou uma fratura profunda na base do crânio, provavelmente causada por um golpe mal calculado, indicando uma tentativa de decapitação malfeita. Essa lesão sugere que os carrascos, talvez ao tentar abreviar o sofrimento, desferiram um golpe final e impreciso, que acabou por causar a morte da jovem de forma ainda mais traumática.
Outro aspecto relevante da análise é a presença de anomalias físicas no esqueleto. A jovem apresentava baixa estatura e deformações cranianas sutis, características que, à época, poderiam tê-lo tornado alvo de preconceito social.
Durante períodos de peste, crises e agitação social, pessoas com traços físicos considerados incomuns eram frequentemente acusadas de espalhar doenças ou até mesmo de práticas como a bruxaria. Os pesquisadores levantam a hipótese de que a marginalização social e o medo coletivo tenham contribuído para a execução brutal dessa jovem, refletindo um dos aspectos mais sombrios da justiça e das crenças medievais.
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