Sinais de rádio alienígenas descobertos em nuvens de gás ao redor de objetos compactos
Uma equipe internacional de astrofísicos encontrou evidências de que repetidas explosões rápidas de rádio (FRBs), conhecidas como “sinais de rádio alienígenas”, são produzidas pela interação de nuvens de gás quente com objetos compactos, como magnetares ou binários de raios-X.
Esta descoberta lança uma nova luz sobre as origens destes sinais misteriosos que fascinaram os cientistas e capturaram a imaginação do público durante anos. A investigação levada a cabo por uma equipa internacional liderada por Gabriele Bruni, do Instituto Astrofísico Nacional (INAF), na Itália, fornece evidências importantes sobre os mecanismos por detrás da formação de FRBs.
A chave para esta descoberta foi observar a fonte repetitiva FRB20201124A, que foi identificada em novembro de 2020 na constelação de Touro. Ele está localizado em uma das galáxias mais próximas de nós, a 1,33 bilhão de anos-luz da Via Láctea, o que torna possível estudar este objeto em detalhes usando diversos telescópios terrestres e em órbita.
Uma longa sessão de observação realizada usando o radiotelescópio VLA dos EUA revelou a presença de um objeto pontual quase imperceptível no centro da fonte FRB20201124A, que emitia constantemente ondas de rádio na frequência de 15 GHz. Esta descoberta levou os cientistas a observar melhor o objeto usando o telescópio óptico GTC, bem como a examinar o seu espectro de emissão de rádio em outras frequências.
A análise dos dados recolhidos permitiu-nos descartar que a fraca emissão de rádio provém de áreas onde novas estrelas estão a ser formadas. Ao mesmo tempo, estudos do nível de polarização das ondas de rádio mostraram que a fonte dessas oscilações é uma nuvem gigante de gás quente que envolve uma fonte pontual de ondas de rádio.
Segundo os cientistas, dois tipos de objetos compactos desempenham um papel fundamental na formação de FRBs:
Magnetares que são jovens estrelas de nêutrons com um campo magnético extremamente forte, e binários de raios X, que são uma combinação de uma estrela comum e um pequeno buraco negro.
Outras observações de “sinais de rádio alienígenas” repetidos ajudarão a determinar qual desses dois tipos de objetos compactos é a fonte real dos FRBs.
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As rajadas rápidas de rádio (FRBs) são sinais de rádio extremamente curtos, mas poderosos, de origem desconhecida, descobertos acidentalmente em 2007 durante a observação de pulsares no Observatório Parkes, na Austrália. Os astrônomos ainda não têm a certeza de como estes sinais são criados, ou porque é que apenas uma pequena fracção deles se repete. Descobrir a ligação entre as FRBs e as interações das nuvens de gás quente com objetos compactos é um passo importante para a compreensão deste fascinante quebra-cabeça cósmico.
Mais pesquisas irão, sem dúvida, fornecer novas informações sobre a natureza desses “sinais de rádio alienígenas”.
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