O Mokele-Mbembe, uma criatura misteriosa da Bacia do Congo, há muito que desperta interesse e controvérsia. Seu nome em Lingala significa “aquele que interrompe o fluxo dos rios”, sugerindo o enorme tamanho deste animal.
É descrito como uma criatura com pescoço longo, quatro pernas grossas e uma cauda poderosa, associada aos dinossauros saurópodes. Por isso, Mokele-Mbembe tornou-se objeto de interesse entre criptozoologistas, que se perguntam se poderia ser uma espécie de dinossauro que sobreviveu até hoje.
A história de Mokele-Mbembe remonta ao início do século 20, quando o caçador alemão Carl Hagenbeck descreveu uma criatura semelhante a “meio elefante – meio dragão”, que vivia na Rodésia (atual Zimbábue). As memórias do capitão Ludwig Freiherr von Stein de 1913 enriqueceram ainda mais a história de Mokele-Mbembe.
Von Stein testemunhou que os nativos contavam sobre a existência de um animal chamado Mokele-Mbembe, que vivia nos pântanos, de pele lisa, marrom-acinzentada, muito maior que um elefante, com pescoço longo e um dente saliente na cabeça; bem como uma cauda musculosa. O animal era conhecido por reagir nervosamente aos barcos que passavam, mas não matava pessoas porque se alimentava de plantas.
Em 1959, Willy Ley, um dos pioneiros da criptozoologia, descreveu a expedição de von Stein, que tentou encontrar Mokele-Mbembe, mas sem sucesso. No entanto, observou vestígios de alimentação de um animal muito maior que os mamíferos africanos conhecidos, bem como um caminho alegadamente trilhado por este animal.
Desde então, expedições subsequentes foram realizadas em busca de Mokele-Mbembe, mas nenhum dos pesquisadores avistou o misterioso animal. Os nativos ainda o mencionam em suas histórias, o que mantém viva a lenda da existência dessa criatura incomum.
Mokele-Mbembe tem atraído a atenção de criptozoologistas como um possível saurópode, um dinossauro com características semelhantes. Histórias sobre criaturas semelhantes a dinossauros não são incomuns na floresta tropical africana.
Exemplos de tais criaturas incluem o Emela-ntouka, uma criatura do tamanho de um elefante com características semelhantes às do Mokele-Mbembe.
Emela-ntouka, que significa literalmente “matador de elefantes”; na língua dos povos que habitam Likouala, região pantanosa do Congo, é supostamente uma criatura parecida com um rinoceronte gordo, famoso por matar elefantes com um chifre proeminente.
Em 1981, o Dr. Roy Mackal foi ao Congo em busca de Mokele-Mbembe, mas ouviu falar de outro animal misterioso, Emela-ntouka. Os nativos da região noroeste de Likouala contaram como ataca os elefantes com o seu chifre. Mackal especulou que poderia ter sido um ceratopsiano, um dinossauro com um único chifre grande no centro da cabeça, embora os pigmeus não fizessem menção a uma borla no pescoço.
Conforme descrito, Emela-ntouka não corresponde ao rinoceronte, que tem cauda curta e nenhum chifre verdadeiro feito de osso ou marfim.
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Relatos de criaturas semelhantes a dinossauros em África geraram um interesse considerável nos meios de comunicação de massa no início do século XX. Naquela época, havia interesse pelos dinossauros na Europa Ocidental e nas Américas, o que pode ter contribuído para a criação e difusão da lenda de Mokele-mbembe e Emela-ntouka.
Apesar das numerosas expedições e buscas, a falta de evidências físicas e relatos de testemunhas conflitantes levaram a maioria dos cientistas e historiadores a questionar a existência desta criatura. A explicação mais razoável e amplamente aceita é que Mokele-mbembe é uma lenda baseada no rinoceronte negro, uma espécie outrora comum na África Central, de onde se originam as histórias sobre Mokele-mbembe.
E você amigo(a) leitor(a), acha que ainda pode existir dinossauros na África?
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