Mistério solar: imagem inédita do 3I/ATLAS reaparece e brilha com força inesperada
Imagem inédita do 3I/ATLAS reaparece após passar pelo Sol — e está mais brilhante do que antes
O astrônomo Qicheng Zhang, pós-doutorando do Lowell Observatory (Arizona), conseguiu capturar novamente o visitante interestelar 3I/ATLAS logo após sua passagem por trás do Sol.
Usando o poderoso Lowell Discovery Telescope, Zhang obteve o que é considerado — até agora — a primeira imagem óptica pós-periélio do objeto, feita na sexta-feira. A imagem mostra o 3I/ATLAS mais brilhante do que quando foi ocultado pelo Sol. Para ver a matéria original e a imagem divulgada, confira a publicação do Live Science e o comunicado do Lowell Observatory.
Zhang também confirmou que o visitante já pode ser detectado com instrumentos modestos: ele publicou uma imagem obtida com um telescópio pequeno em seu blog sobre cometas no domingo, 2 de novembro, e afirmou que observadores amadores no Hemisfério Norte devem começar a conseguir localizá-lo no céu matutino, desde que tenham um horizonte leste baixo e céu limpo. Em suas próprias palavras ao Live Science: “Basta um céu limpo e um horizonte leste bem baixo. Não parecerá muito impressionante, apenas uma mancha, mas ficará cada vez mais visível nos próximos dias.”
O que já sabemos sobre o 3I/ATLAS
Periélio: o 3I/ATLAS passou pelo ponto mais próximo do Sol em 29 de outubro, alcançando aproximadamente 1,4 unidades astronômicas (~210 milhões de km). Essa distância foi confirmada por dados divulgados pela NASA.
Velocidade e trajetória: o objeto atravessa o Sistema Solar a uma velocidade impressionante — cerca de 210.000 km/h — seguindo uma trajetória incomumente plana e quase retilínea, típica de objetos interestelares que vêm de fora do Sistema Solar.
Aumento de brilho antes do periélio: um estudo submetido ao servidor de pré-impressões arXiv, assinado por Qicheng Zhang e Karl Battams, documentou um rápido aumento de brilho do 3I/ATLAS pouco antes do periélio. As observações também mostraram que o objeto parecia mais azulado que o Sol, o que indica emissões de gás responsáveis por parte significativa do brilho visível próximo ao periélio.

As análises iniciais sugerem que o 3I/ATLAS possui uma coloração azulada e um brilho intenso devido à liberação de gases voláteis. Essa coloração, somada à emissão registrada por telescópios espaciais e coronógrafos, sugere que o objeto apresenta um comportamento similar ao de cometas ativos — uma descoberta que está surpreendendo astrônomos em todo o mundo. Sites especializados, como o Phys.org, já discutem como essa emissão pode estar relacionada à composição interna do núcleo.
Apesar das especulações populares — algumas sugerindo que o 3I/ATLAS poderia ser uma nave alienígena —, a maioria dos cientistas considera que se trata de um cometa natural vindo de outro sistema estelar. Estudos recentes apontam que sua superfície pode ter sido profundamente modificada pela radiação cósmica ao longo de bilhões de anos, formando uma crosta espessa e inerte. Isso torna mais difícil identificar de qual sistema estelar ele se originou.
Nos próximos meses, o 3I/ATLAS deve gerar uma onda de novas observações científicas. À medida que o objeto se afasta do Sol e torna-se mais visível, telescópios ao redor do mundo — inclusive os de amadores — poderão acompanhar seu brilho e mudanças espectrais. Zhang observa que essa é uma oportunidade única de estudar um visitante interestelar em tempo real.
Zhang explicou que o tempo de observação em grandes telescópios é extremamente valioso, e por isso ele utiliza também um telescópio menor, de 15 cm de lente, para antecipar condições ideais antes das sessões no Lowell Discovery Telescope. A nova imagem foi capturada quando o objeto estava a apenas 16° do Sol — ou cerca de 5° acima do horizonte —, um feito técnico que mostra a precisão do equipamento e a experiência do pesquisador.
Cometa ou artefato tecnológico?

A dúvida persiste entre os curiosos: seria o 3I/ATLAS apenas um cometa, ou algo mais? Embora as evidências apontem fortemente para um corpo natural, seu comportamento ainda desafia explicações simples. A comunidade científica tem comparado o 3I/ATLAS aos visitantes anteriores, Oumuamua e 2I/Borisov, para entender as diferenças entre eles. O fato de o 3I/ATLAS ser mais antigo que o Sistema Solar — com cerca de 3 bilhões de anos de idade — o torna ainda mais fascinante.
O que esperar nas próximas semanas
De acordo com Zhang, em cerca de uma semana o 3I/ATLAS estará entre 25° e 30° do Sol, permitindo que mais observatórios o rastreiem com precisão. Isso deve gerar um volume massivo de novos dados espectroscópicos e fotométricos, revelando detalhes sobre sua composição, rotação e atividade de superfície. O estudo original, intitulado “Rapid Brightening of 3I/ATLAS Ahead of Perihelion”, está disponível no arXiv.org e segue sendo atualizado à medida que novas medições são processadas.
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