Mapa de sonar do fundo do Mar Antártico revela um “mundo desconhecido” com montanhas e cânions.
Uma equipe de cientistas publicou um mapa de sonar mostrando o fundo do Oceano Antártico em detalhes sem precedentes e nunca vistos antes.
As novas imagens, geradas a partir de dados de sonar que levaram anos para serem coletados, mostram desfiladeiros, cordilheiras e montanhas nas profundezas da água.
O mapa foi publicado terça-feira na revista Scientific Data. Faz parte do projeto Seabed 2030 da Nippon Foundation General Bathymetric Chart of the Oceans (GEBCO), que visa mapear todo o fundo do oceano até 2030.
Até agora, cerca de 21% do fundo do mar do mundo foi mapeado com precisão, de acordo com a fundação.
Boris Dorschel, principal autor do trabalho, disse ao Business Insider:
“O mapa é muito importante, pois fornece o conhecimento mais preciso sobre a forma do fundo do mar.”
Dorschel é cientista sênior do Alfred Wegener Institute Helmholtz Center for Polar and Marine Research, na Alemanha, e diretor do centro regional Seabed 2030 Project Southern Ocean.
Dorschel disse:
“É uma extensão visual do mundo terrestre que conhecemos sob as ondas. Agora podemos ver desfiladeiros, canais e colinas em grande detalhe em muitos lugares.”
O mapa foi feito a partir da coleta de medidas feitas por navios que navegam pelas águas ao redor da Antártida, uma prática chamada batimetria.
Ele fornece informações cruciais que podem melhorar os modelos de mudança climática, fornecendo melhores insights sobre o movimento dos oceanos do mundo.
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A forma do fundo do mar muda a forma como a água do oceano se mistura e, portanto, sua temperatura, que por sua vez influencia as temperaturas em todo o mundo.
Um melhor mapeamento também pode ajudar a conservar a vida marinha, relata a BBC. Peixes e outros animais tendem a se reunir em torno dos montes submarinos, então saber onde eles estão pode ajudá-lo a encontrar as áreas certas para preservá-los.
Dorschel, o gerente do projeto, disse:
“Pessoalmente, não consigo parar de me mover pelo mapa e apreciar a vista.”
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista Scientific Data.
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