Face escondida de Cristo na obra-prima de Da Vinci: O enigma escondido em “A Virgem das Rochas”
A famosa pintura de Leonardo da Vinci, “A Virgem das Rochas”, considerada uma das maiores obras do mestre italiano, guarda um segredo fascinante que permaneceu despercebido por séculos.
O pesquisador brasileiro AtilaSoares da Costa Filho descobriu que uma formação rochosa na pintura apresenta um perfil facial oculto — com semelhança impressionante à imagem conhecida como Sudário de Turim.
Essa hipótese vem lançar uma luz totalmente nova sobre as intenções do artista e sugere uma possível ligação entre a obra do gênio renascentista e uma das relíquias mais discutidas do cristianismo.
Duas versões, um mistério
Leonardo, conhecido por seu fascínio pela natureza, anatomia e significados ocultos, pintou duas versões da obra — uma hoje no Louvre e outra pertencente à National Gallery de Londres. Em ambas, as figuras (Maria, o menino Jesus, João Batista criança e o anjo) estão envoltas por um cenário rochoso e misterioso: foi precisamente nessa formação que o pesquisador enxergou um rosto sutil, integrado à própria paisagem.
Quem é Átila Soares e como chegou a essa leitura?
Soares, com formação em desenho industrial e pós-graduações nas áreas de história da arte, antropologia e patrimônio, já trabalhou com reconstruções faciais inspiradas no Sudário e utilizou técnicas avançadas de análise — incluindo recursos de inteligência artificial — para cruzar padrões e revelar formas que escapam ao olhar comum. Segundo o próprio pesquisador, Leonardo teria modelado deliberadamente a rocha para sugerir um perfil que remete ao rosto do Sudário.
A encomenda da pintura remonta a 1483, época em que o interesse pelo Sudário de Turim já fervilhava entre fiéis e eruditos. Mesmo sem um pronunciamento definitivo da Igreja sobre a autenticidade do Sudário, a relíquia vinha atraindo atenção e estudos — e a presença de referências sutis em obras renascentistas mudaria a leitura sobre os vínculos entre devoção, ciência e arte naquele período.
Soares aponta ainda que outros mestres da Renascença, entre eles Michelangelo, podem ter incorporado referências ao Sudário em obras encomendadas por papas e cardeais.
Se confirmada, a tese amplia um campo de investigação: a circulação de imagens do Sudário entre círculos artísticos e eclesiásticos e a forma como esses sinais foram codificados por artistas-ícones.
Reconhecimento e repercussão
A teoria de Soares recebeu atenção da imprensa especializada e chegou a ser noticiada em veículos que repercutem temáticas religiosas e culturais. O jornal L’Osservatore Romano publicou material em abril de 2025 que cita a descoberta, um passo que indica que a hipótese já desperta consideração até em círculos ligados à Igreja.
Permanece a questão central: Leonardo teve acesso direto ao Sudário de Turim?
Ou usou imagens e descrições circulantes como matéria-prima simbólica para ocultar uma assinatura visual?
A descoberta de Soares não fecha o debate — ao contrário: inaugura um itinerário de pesquisa que combina história da arte, iconografia, tecnologia de imagem e estudos patrimoniais, e que pode reescrever partes da interpretação sobre um dos maiores gênios da história.
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