Pesquisadores dizem que uma pedra rúnica antiga prevê o Ragnarök: Destruição cataclísmica do cosmos
Ragnarök é a destruição cataclísmica do cosmos e tudo nele, incluindo os deuses.
Quando a mitologia nórdica atinge um conjunto cronológico específico de circunstâncias, a história de Ragnarök naturalmente termina.
Para os vikings, o mito de Ragnarök era uma profecia do que viria em um momento desconhecido e não especificado no futuro, mas tinha ramificações profundas em como os vikings entendiam o mundo em seu próprio tempo.
A palavra “Ragnarök” vem do antigo nórdico, que significa: “Destino dos deuses”.
Em um trocadilho aparente, algumas obras da literatura nórdica antiga também se referem a ela como Ragnarøkkr, “Crepúsculo dos deuses”.
O evento também foi conhecido ocasionalmente como Aldar Rök, “destino da humanidade” e um grande número de outros nomes.
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Mas o que parecia ser mitos e lendas, agora pode ser tornar uma realidade. Os pesquisadores dizem que uma antiga pedra rúnica viking alertou sobre a atual crise climática e o próximo evento, o Ragnarök.
Pesquisadores suecos acreditam que uma das pedras de runa mais famosas do mundo foi erguida pelos vikings como um aviso para um novo Fimbulwinter.
O que Fimbulwinter?
A palavra islandesa fimbulvetr significa
inverno terrível durante vários anos, antecedendo o fim do Mundo”,
e deriva de fimbul (longo) e vetr (inverno).
Segundo o terceiro poema da Edda poética de Esnorro Esturleu, teria durado três anos.
Na discussão e debate sobre este mito nórdico antigo, há a assinalar que hoje em dia geólogos e geógrafos confirmam ter havido uma mudança climática, por volta de 536-540.
Duas enormes erupções vulcânicas levaram enormes quantidades de partículas de enxofre até à alta atmosfera, refletindo os raios de sol e causando trevas durante vários anos.
Um período muito frio atingiu a Europa e a Ásia, e com especial severidade a Península da Escandinávia durante uns 100 anos, causando aí más colheitas e fome generalizada, e provocando possivelmente a morte de metade da população e o abandono de inúmeros povoados.
Isto faz pensar na possibilidade de o mito ser um eco longínquo de uma catástrofe climática, ocorrida na Idade do Ferro, alterando o clima dos países nórdicos, até aí consideravelmente mais quentes.
Acredita-se que foi erguido como um monumento a um filho morto, mas o significado exato do texto permanece difícil, pois faltam partes e contêm diferentes formas de escrita. A pedra faz referências aos atos heróicos de ‘Teodorico’, que alguns especialistas acreditam que se refere a Teodorico, o Grande, rei dos Ostrogodos e um dos governantes mais poderosos de seu tempo.
Voltando ao assunto:
A crise climática e o Ragnarök
A pedra Rök, erguida no século 9 perto do Lago Vättern, no sul do centro da Suécia, possui a inscrição rúnica mais longa do mundo, com mais de 700 runas cobrindo todos seus lados.
Pesquisadores de três universidades suecas agora acreditam que as inscrições se referem a um período iminente de inverno extremo, quando a pessoa que ergueu a pedra tentou colocar a morte de seu filho em uma perspectiva mais ampla.
A inscrição é sobre uma ansiedade causada pela morte de uma criança e o medo de uma nova crise climática semelhante à catastrófica após 536 dC”,
escreveram os pesquisadores.
Os pesquisadores acreditam que a crise do século VI foi causada por uma série de erupções vulcânicas que influenciaram dramaticamente o clima com temperaturas médias mais baixas, perdas de colheitas e consequentes extinções em massa pela fome.
Estima-se que, como resultado, a população da península escandinava tenha diminuído em pelo menos 50%, portanto esses eventos poderiam ter sido transmitidos e até influenciado a mitologia.
‘Extremamente sinistro’
A nova interpretação é baseada em uma abordagem colaborativa entre pesquisadores de várias disciplinas, incluindo filologia, arqueologia e história da religião.
As passagens da pedra sugerem que o texto se refere a batalhas com mais de cem anos de idade.
Mas os pesquisadores sugerem que ele poderia estar falando sobre um tipo diferente de batalha:
O conflito entre luz e escuridão, calor e frio, vida e morte”.
Eles também mencionam uma série de eventos descritos no texto, que são extremamente sinistros…
Uma poderosa tempestade solar coloriu o céu em tons dramáticos de vermelho, a produção sofreu um verão extremamente frio e, em seguida, um eclipse solar ocorreu logo após o amanhecer”,
disse Bo Graslund, professor de arqueologia da Universidade de Uppsala.
Mesmo um desses eventos teria sido suficiente para aumentar o medo de outro Fimbulwinter, um inverno que durou três anos na mitologia nórdica, um sinal da chegada de Ragnarök.”
Muitos acreditam que essa nova interpretação da pedra rúnica viking está fornecendo novas idéias. Ele demonstra como o medo das mudanças climáticas influenciou bastante a visão e a cultura do mundo viking.
Além disso, a pedra mostra que os vikings estavam profundamente conscientes da fragilidade da sociedade e do mundo. Mas talvez, apenas talvez, os vikings quisessem nos alertar sobre o que já está acontecendo, a crise climática, terremotos, erupções vulcânicas e, finalmente, o Ragnarök, o fim dos tempos.
E você caro leitor acha que os vikings previram o apocalipse iminente?
Ou você tem outra opinião?
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