Crânio de ‘vampira’ é encontrado perto de Veneza
Uma equipe de cientistas italianos encontrou na Itália uma caveira com um tijolo aparentemente colocado à força dentro da boca, o que indica que se acreditava que o cadáver era de um vampiro.
Por vezes a realidade supera a ficção e a história que apresentamos a seguir é disso um bom exemplo.
Uma equipa de antropólogos da Universidade de Florença descobriu os restos mortais de uma espécie de vampira que foi enterrada com um tijolo encaixado na boca, entre as mandibulas.
Esta é uma história assustadora e perfeita para uma noite de Halloween.
A caveira, de uma mulher, foi encontrada na escavação de uma vala comum onde eram enterradas vítimas de uma epidemia de peste bubônica na ilha de Lazzaretto Nuovo, perto de Veneza, nos séculos 16 e 17.
Segundo os especialistas, este incrível achado confirma a teoria de que durante a época medieval pensava-se que os vampiros transmitiam pragas como a Peste Negra.
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Os documentos religiosos e de medicina medieval descobertos até ao momento, explicam que os vampiros difundiam pragas ao absorver a pouca vida que restava em alguns cadáveres. Era a sua forma de subsistência até voltarem às ruas.
Matteo Borrini, da Universidade de Florença, disse que objetos eram colocados na boca de supostos vampiros na época para impedir que eles se alimentassem dos cadáveres de pessoas enterradas nas proximidades, se fortalecessem e passassem a atacar os vivos.
Borrini, que apresentou suas conclusões na 61ª reunião da Academia Americana de Ciências Forenses em Denver, nos Estados Unidos, disse que, na época da epidemia, muitos acreditavam que a doença era propagada por vampiros.
Marcas de mastigação
Recordemos que a sucessão de pragas que tiveram lugar na Europa entre os anos 1300 e 1700, foi um grande aliciante que confirmava a existência de vampiros.
Uma crença apoiada também pela falta de conhecimentos acerca do processo de decomposição dos cadáveres humanos.
Durante aquela época longínqua, quando os coveiros abriam uma sepultura, era frequente encontrar os corpos inchados por causa dos gases, com cabelos que pareciam continuar a crescer, e com sangue a sair de algumas bocas.
Todos estes indícios eram a prova irrefutável de de que muitos falecidos ainda permaneciam vivos.
Os suspeitos costumavam ser identificados por sinais como “marcas de mastigação” no tecido em que os corpos eram envoltos.
De acordo com Borrini, estas marcas eram causadas por sangue e outros fluidos corporais que às vezes eram expelidos pela boca dos mortos, fazendo com que o tecido parecesse afundar entre as mandíbulas e romper-se.
Segundo ele, na época da epidemia de peste, os coveiros reabriam constantemente a vala para enterrar os corpos de novas vítimas e encontravam cadáveres que eles suspeitavam ser de vampiros.
Borrini disse que este pode ser o primeiro ritual de
exorcismo de vampiro”
confirmado por evidências arqueológicas e analisada com conhecimentos médicos e técnicas forenses.
Entretanto, Peer Moore-Jansen, um especialista da Universidade Estadual de Wichita, no Kansas, afirma que encontrou esqueletos similares na Polônia, indicando que a descoberta não é pioneira.
Veneza foi muito afetada pela chamada peste negra, que atingiu a cidade principalmente entre 1630 e 1631. Estima-se que a epidemia matou até 50 mil pessoas de uma população de 150 mil.
Uma lenda tão misteriosa como fascinante, que não tem qualquer relação com as histórias de vampiros com origem no folclore da Europa de Leste, e que alcançaram o momento de maior esplendor durante o século XVIII.
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