3I/ATLAS: anticauda misteriosa ainda mira o Sol após o periélio
As observações mais recentes de 3I/ATLAS, apresentadas por Avi Loeb, descrevem um objeto que continua a se comportar como um único corpo estável após o periélio, exibindo uma anticauda orientada em direção ao Sol e uma atividade que desafia modelos cometários tradicionais.
Imagens obtidas dias depois da maior aproximação ao Sol revelam estruturas de poeira inesperadas, jatos de material de escala colossal e uma surpreendente ausência de fragmentação — elementos que forçam uma reconsideração das premissas sobre esses visitantes interestelares.
A continuidade de um corpo intacto após o periélio ganha peso a partir das imagens obtidas com o Telescópio Óptico Nórdico em 11 de novembro de 2025. Segundo a análise apresentada, essas imagens mostram, sem ambiguidade, que o 3I/ATLAS permanece como um único núcleo sólido, sem sinais claros de fragmentação, mesmo após o intenso aquecimento solar que normalmente fatiaria núcleos menores. O objeto havia passado pelo periélio em 29 de outubro de 2025, atingindo seu ponto mais próximo do Sol sem a desintegração esperada para muitos cometas pequenos.
A integridade do corpo contrasta com os jatos de larga escala relatados semanas antes, que alcançaram comprimentos estimados entre cerca de um milhão e três milhões de quilômetros. Esse comportamento — atividade extrema coexistindo com um núcleo intacto — é o que torna o caso tão perturbador. Os cálculos de energia apresentados sugerem que a sublimação de dióxido de carbono (CO₂) exigiria uma área de superfície muito maior do que os limites de tamanho derivados das observações, criando uma discrepância difícil de reconciliar por modelos simples de cometa.
A anticauda apontada para o Sol — coincidência ou pista?

Uma característica especialmente impressionante nas imagens é a anticauda — um alongamento de poeira que, incomumente, parece apontar em direção ao Sol. Estruturas assim podem resultar de efeitos de perspectiva e da interação entre movimento, gravidade solar e dinâmica da poeira, mas, neste caso, a direção medida da anticauda coincide de forma notável com a posição solar projetada a partir do ponto de observação. A mesma análise identifica ainda uma elongação secundária, mais fraca, na direção antissolar, sugerindo emissões assimétricas e um padrão de emissão de poeira mais complexo do que o habitual.
Um dos argumentos centrais discute a quantidade de massa ejetada: para produzir a poeira observada, um núcleo natural teria de dispor de uma área de superfície bem maior do que os limites inferidos por algumas medidas. Em termos práticos, estima-se que a área necessária para justificar a atividade por sublimação de CO₂ seria compatível com uma esfera de dezenas de quilômetros — muito acima dos poucos quilômetros sugeridos por outros estudos —, abrindo uma lacuna entre teoria e observação.

O conjunto — persistência do núcleo, anticauda solar e intensidade dos jatos — constitui, na visão do autor, uma anomalia que deveria instigar uma revisão aberta das premissas sobre objetos interestelares. Além de interpretações extraordinárias, a postura sugerida é clara: não minimizar as discrepâncias. Ignorar sinais que fogem ao padrão apenas atrasa a compreensão de fenômenos que podem expandir nossa base de conhecimento.
Um laboratório interestelar ao alcance dos telescópios
A passagem próxima de 3I/ATLAS oferece um laboratório natural para estudar sublimação, dinâmica de poeira, geometrias de cauda/anticauda e mecanismos não considerados rotineiramente. A natureza interestelar do objeto implica composições e histórias térmicas possivelmente muito diferentes das que conhecemos — e as observações pós-periélio continuam a evidenciar atividade que desafia explicações simples.

O artigo de Avi Loeb apresenta um conjunto de observações que, tomadas em conjunto, revelam um visitante cujo comportamento e morfologia levantam perguntas fundamentais sobre a física de objetos interestelares. A persistência do núcleo, a anticauda solar e a magnitude dos jatos formam um quadro que obriga a comunidade a manter postura crítica e receptiva — investigar hipóteses diversas, otimizar campanhas observacionais e usar cada novo dado para filtrar explicações naturais de especulações não testadas.
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