Você sabia que os EUA já tentaram cercar a Terra com agulhas de cobre
Quando se trata de imaginar novas tecnologias, o céu não é o limite.
Às vezes, ideias que realmente não deveriam sair da sessão de brainstorming(tempestade de ideias) escapam para o mundo real, ou pior escapam par órbita baixa da Terra. Esta é a história de como os EUA lançaram milhões de agulhas de cobre no espaço.
Um fio no céu
Por um par de meses em 1963, a Terra tinha uma coisa em comum com o planeta Saturno:
Um anel.
Isso se resumiu a um esforço para encontrar uma nova estratégia de comunicação. Naquela época, quanto mais as comunicações de longa distância avançavam, mais problemas potenciais eram encontrados.
Na década de 1950, você poderia passar uma mensagem através do oceano ou para o outro lado de um continente em questão de minutos, graças aos gigantes cabos submarinos e ao rádio que derrubou o sinal da ionosfera.
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Mas cabos submarinos poderiam ser interrompidos por agentes inimigos (afinal, isso ocorreu durante a Guerra Fria), e os sinais de rádio de longa distância poderiam ser reduzidos tanto por tempestades terrestres quanto por tempestades solares.
E é por isso que os EUA decidiram tentar um novo método de comunicação de longo alcance:
Um anel de cobre do tamanho da Terra para conduzir transmissões rápidas como raios, não importando o tempo.
Deveria funcionar assim:
Um foguete despejaria centenas de milhões de minúsculas limalhas de cobre na órbita baixa da Terra, dando aos sinais de rádio outra coisa para refletir além da ionosfera.
E funcionou!
Poucos dias depois da missão, as comunicações estavam sendo enviadas da Califórnia para a Costa Leste a uma velocidade impressionante de 20 kilobytes por segundo.
Em suma, a missão foi um grande sucesso. Por cerca de quatro meses. Os benefícios do anel de cobre se dissiparam rapidamente quando as agulhas começaram a cair fora de órbita, ou pior, se juntaram.
E é aí que o verdadeiro problema começou.
200 milhões de agulhas
Quando você está percorrendo o planeta a 5 quilômetros por segundo chagando a 8 quilômetros por segundo, um pequeno fragmento de detritos pode ter um grande impacto.
Mesmo que tenham apenas um centímetro de largura, pedaços de lixo espacial podem danificar seriamente e até mesmo destruir espaçonaves avançadas.
É claro que os filamentos de cobre não eram muito grandes – apenas 0,7 cm de comprimento e cerca de um quarto da largura de um fio de cabelo humano.
Mas a coisa engraçada sobre o metal no vácuo é que ele irá instantaneamente solda(gruda) a qualquer metal idêntico, sem calor necessário.
Isso significa que todos esses minúsculos fios de cobre que não caíram nos polos Norte e Sul há muito tempo e têm o potencial de se fundirem uns com os outros para se tornarem grandes obstáculos hoje.
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