Um novo estudo revela que estrelas como o nosso Sol emitem explosões massivas de energia chamadas “superflares” aproximadamente uma vez a cada 100 anos.
Isso significa que a próxima superflare do nosso Sol pode acontecer a qualquer momento, pois já está atrasada.
Segundo o Instituto Max Planck de Pesquisa do Sistema Solar (MPS), Superflares liberam mais de um octilhão de joules de energia em instantes, tornando-os potencialmente catastróficos. Pesquisas anteriores sugeriram que esses eventos ocorreram menos de uma vez a cada 1.000 anos, mas novas evidências de milhares de estrelas semelhantes ao Sol indicam o contrário.
“Os novos dados são um lembrete claro de que mesmo os eventos solares mais extremos fazem parte do repertório natural do Sol”,
disse a Dra. Natalie Krivova, coautora do estudo divulgado na Science.
Pesquisadores estudaram vestígios de eventos solares passados, como isótopos de carbono radioativos em anéis de árvores e gelo glacial. Eles identificaram cinco “eventos extremos de partículas solares” confirmados nos últimos 12.000 anos, com o mais intenso registrado em 775 d.C.
Essas descobertas sugerem que tais eventos ocorrem aproximadamente a cada 1.500 anos, embora a ligação entre esses eventos e supererupções permaneça obscura.
“Isso requer mais investigação”,
explicou o Prof. Dr. Ilya Usoskin, da Universidade de Oulu.
Para entender melhor as supererupções, a equipe analisou dados de 56.450 estrelas semelhantes ao Sol observadas pelo telescópio Kepler da NASA.
Eles identificaram 2.889 superflares em 2.527 estrelas, revelando que uma estrela típica semelhante ao Sol produz uma superflare aproximadamente a cada século.
“Ficamos muito surpresos que estrelas semelhantes ao Sol sejam propensas a superflares tão frequentes”,
disse o autor principal Dr. Valeriy Vasilyev, do MPS.
O impacto potencial de uma superflare é imenso.
O Evento Carrington de 1859 — uma tempestade solar muito mais fraca do que uma superflare — causou falhas generalizadas no telégrafo. Uma superflare hoje poderia devastar satélites, sistemas de GPS e tecnologias modernas.
A partir de 2031, a sonda Vigil, da Agência Espacial Europeia, fornecerá alertas antecipados, permitindo medidas de proteção para mitigar os danos.
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