Uma “cobra” foi detectada na superfície do Sol e foi detectada novamente pelo Solar Orbiter , de acordo com um comunicado de imprensa da ESA publicado na segunda-feira. É um “tubo” de gases atmosféricos mais frios que atravessam o campo magnético do Sol.

Um tubo de plasma frio suspenso por campos magnéticos

A ESA publicou em um comunicado:

“A cobra foi vista em 5 de setembro de 2022, quando o Solar Orbiter se aproximava do Sol para uma passagem próxima que ocorreu em 12 de outubro. É um tubo de plasma frio suspenso por campos magnéticos no plasma mais quente circundante da atmosfera do Sol.”

Como a temperatura do Sol é superior a um milhão de graus Celsius, todo o seu gás está no estado de plasma. Plasma é o que acontece quando um gás está tão quente que seus átomos começam a perder algumas de suas partículas externas, chamadas elétrons.

Essa perda dá ao gás uma carga elétrica que o torna suscetível a campos magnéticos. O plasma da serpente no Sol segue um longo filamento do campo magnético do gigante gasoso que atravessa o objeto celeste.

David Long , do Mullard Space Science Laboratory (UCL), Reino Unido, que está liderando a investigação sobre o fenômeno, disse em um counicado:

“O plasma está fluindo para frente e para trás, mas o campo magnético está muito distorcido. Portanto, essa mudança de direção ocorre porque estamos olhando para uma estrutura retorcida.”

As observações deste evento foram coletadas para criar um filme de lapso de tempo curto. As imagens no clipe vêm do Extreme Ultraviolet Imager a bordo do Solar Orbiter.

Na verdade, a cobra levou cerca de três horas para completar sua jornada a cerca de 170 quilômetros por segundo, mas o vídeo mostra isso em questão de minutos.

Os pesquisadores deduziram que a cobra se originou de uma região solar ativa que posteriormente entrou em erupção, expelindo bilhões de toneladas de plasma no espaço. Eles especulam que existe a possibilidade de que a cobra tenha sido uma precursora dessa explosão.

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Uma partícula solar energética intensa

A erupção marca um dos mais intensos eventos de partículas energéticas solares já detectados pelo Detector de Partículas Energéticas.

Davi disse:

“É uma combinação muito boa de conjuntos de dados que só obtemos do Solar Orbiter.”

Mas a Solar Orbiter não foi a única nave afetada por esta erupção. O plasma dessa ejeção de massa coronal passou pela Parker Solar Probe da NASA, permitindo que seus instrumentos medissem o conteúdo da erupção.

As descobertas de ambas as espaçonaves agora serão usadas para entender melhor a atividade solar e como ela cria o “clima espacial”, que pode atrapalhar os satélites e outras tecnologias na Terra.

O Solar Orbiter é o resultado de uma colaboração internacional entre a ESA e a NASA, operado pela ESA.

Lançado pela primeira vez em 10 de fevereiro de 2020, no início deste mês comemorou seu milésimo dia no espaço. A espaçonave sobreviveu ao impacto de uma ejeção de massa do Sol e até agora mostrou que existem retrocessos solares.

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