O mistério da ilha mais isolada do mundo: Sentinela do Norte

O mistério da ilha mais isolada do mundo: Sentinela do Norte
O mistério da ilha mais isolada do mundo: Sentinela do Norte
O mistério que ronda a tribo que vive na Ilha Sentinela do Norte é que não se sabe que língua seus membros falam, nem quantos são.

Eles rechaçam todo contato com o mundo exterior e são tão isolados que não se sabe que idioma falam ou qual é o tamanho de sua população.

No dia 16, um missionário foi morto pelos habitantes da ilha, que é lar de uma das tribos mais antigas e desconhecidas do planeta.

Em um mundo com Google Maps, é de se imaginar que todos os cantos da Terra já foram explorados, certo?

Errado.

Escondida entre a Índia e Mianmar, no sudeste asiático, está a Ilha Sentinela do Norte, lar de um povo nativo isolado, e proibida para visitação.

A ilha, parte do arquipélago de Andaman e Nicobar, na Baía de Bengala, no Oceano Índico, fica a mais de mil quilômetros de qualquer porto na Índia continental.


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O que se sabe é que este é um dos últimos agrupamentos no mundo que não mantém contato com outros grupos do lado de fora.

O lugar ganhou os jornais na última semana pois John Chau, um missionário norte-americano, morreu após ser atacado pelos habitantes de lá no última dia 16.

De acordo com as últimas informações, ele foi levado ilegalmente por pescadores, que o deixaram na costa da ilha. Ainda não se sabe se vai ser possível resgatar o corpo de Jon.

Não é a primeira vez que um caso como esse acontece. Em 2006, um barco naufragou perto de Sentinela do Norte e dois pescadores foram mortos.

Pouco se sabe sobre lá, mas uma coisa é certa:

Os nativos não querem saber de nenhum contato com o restante do mundo.
No dia 16, um missionário foi morto pelos habitantes da ilha, que é lar de uma das tribos mais antigas e desconhecidas do planeta

Em 1974, um diretor de cinema que visitou o local recebeu uma flechada em uma perna. Sua equipe tentava filmar um documentário para a National Geographic.

Após o tsunami de 2004, que afetou a bacia do Oceano Índico, autoridades da Índia usaram helicópteros para verificar a situação da tribo e foram recebidas com flechas.

No Brasil e em outros países sul-americanos, como o Equador e o Peru, também existem várias tribos isoladas.

Perigo de extinção
Escondida entre a Índia e Mianmar, no sudeste asiático, está a Ilha Sentinela do Norte, lar de um povo nativo isolado, e proibida para visitação

A visita é proibida – devido sobretudo ao risco de que os nativos sejam contaminados com doenças de fora.

Sem imunidade, qualquer vírus pode matar toda a tribo…

Andaman abriga cinco tribos classificadas como

particularmente vulneráveis”.

Além dos sentineleses, estão ali os jarawas, os grandes andamanenses, os onge e os shompen. Os sentineleses e os jarawas não se integraram ao resto da comunidade da ilha.

Os ‘sentinelas’ são um dos povos mais primitivos e ameaçados da Terra,

disse uma fonte do governo indiano ao jornal Indian Express.

A ilha é considerada por muitos como um dos locais mais isolados do mundo.

Os primeiros registros históricos do lugar são documentos árabes e persas que diziam que as ilhas da região eram habitadas por canibais (afirmação provavelmente exagerada devido à recepção hostil daquele povo).

O pouco que se sabe sobre eles é que sua origem está em uma migração originada na África há 60 mil anos, e que hoje eles vivem em uma pequena área de floresta. Trata-se de uma das poucas tribos de caçadores-coletores no mundo.

Em 1771, um explorador britânico mencionou a existência de Sentinela do Norte. O domínio britânico que transformou a Índia em uma parte do império cuidou de explorar a região de Andamão.

No entanto, os moradores de Sentinela, assim como os de outras ilhotas, mostravam-se sempre contrários aos colonizadores.

Acordo de paz

Em 1967, quando a Índia já era um Estado independente, o governo indiano tentou contato com os sentineleses, sem sucesso.

Há vários episódios em que os sentineleses apresentaram forte resistência ao contato com estrangeiros

De acordo com uma reportagem do The Times of India sobre o assunto, a expedição foi recebida pelos nativos de uma forma, digamos, peculiar:

Eles viraram de costas para os barcos e ficaram em uma pose como se estivessem se preparando para fazer o número dois.

A Índia tentou estabelecer comunicações novamente em 1970 e em 2004, mas não deu em nada. Desde os anos 60, o governo proíbe qualquer tipo de visita à ilha.

A medida busca proteger tanto os desavisados de uma recepção regada a flechadas e pedradas quanto os próprios sentineleses:

Vivendo isolados, eles não possuem os mesmos anticorpos (nem são expostos aos mesmos micróbios) que nós, e facilmente poderiam morrer de doenças com as quais já estamos acostumados.

A ilha misteriosa

Os 72 km2 da ilha são ocupados por cerca de 50 pessoas. Não, 250. Ou talvez 400.

Não existe um número exato – nem uma estimativa realmente confiável – já que até hoje não há registros de alguém que tenha entrado na ilha e saído para contar a história.

Em 2001, a Índia, durante o censo nacional, tentou contabilizar quantos sentineleses haviam por ali, mas a contagem não passou de poucas dezenas.

Devido à agressividade dos nativos, as imagens existentes de Sentinela se resumem a gravações do litoral da ilha.

Os habitantes avessos a estranhos ainda preservam características pré-neolíticas – estima-se que a tribo de Sentinela do Norte exista há mais de 60 mil anos.

As armas, rudimentares, são feitas de pedra, ossos de animais e fragmentos de metal. Não se sabe se eles são agricultores ou apenas coletores, e a moda de lá se restringe a folhas, cordas e pequenas tiaras na cabeça.

Isolados, mas não completamente!

Além dos sentineleses, há outras tribos isoladas pelo mundo, e a maioria está no Brasil. O que faz sentido, se pensarmos na dificuldade que é explorar uma floresta densa como a Amazônica.

A ONG Survival International, que defende a preservação desses povos, diz que há pouco mais de 100 tribos desse tipo no planeta.

Após a morte do missionário Jonh Chau pelos sentineleses, a organização criticou o governo da Índia, alegando que eles deveriam reforçar a proteção da ilha, para que os sentilenses permaneçam isolados – mas não sozinhos.

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