A Nebulosa do Caranguejo atinge a Terra com a maior radiação já registrada

O telescópio Hubble divulgou uma imagem inédita da nebulosa do Caranguejo do Sul para comemorar seus 29 anos no espaço
O telescópio Hubble divulgou uma imagem inédita da nebulosa do Caranguejo do Sul para comemorar seus 29 anos no espaço.
Recentemente nosso planeta foi atingido por raios gama capazes de penetrar em matéria mais profundamente que a radiação alfa e beta proveniente da Nebulosa do Caranguejo.
O telescópio Hubble divulgou uma imagem inédita da nebulosa do Caranguejo do Sul para comemorar seus 29 anos no espaço.

Um estudo dos astrônomos chineses e japoneses detectou a mega explosão de energia em um observatório especial localizado a 4.300 metros acima do nível do mar no Tibete, no sudoeste da China.

Houve uma grande explosão estelar no braço de Perseu, o maior braço espiral da Via Láctea, localizado a cerca de 6.500 anos-luz da Terra.

Os restos dessa supernova agora formam o que é conhecido como a

Nebulosa do Caranguejo”,

no centro da qual há um pulso que gira a 30 rotações por segundo e emite pulsos de radiação que variam de raios gama a ondas radio.


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A energia da radiação gama detectada chega a 450 teravolts (TeV), um fluxo na radiação ionizante 45.000 milhões de vezes maior que as radiografias usadas na medicina.

Distribuição dos eventos em função do quadrado do ângulo de incidência (ϕ2) medido a partir da direção do caranguejo. Os círculos preenchidos e os histogramas sólidos representam os dados experimentais e as simulações MC com (a) E > 10 TeV e B) E > 100 TeV, respectivamente.

Até agora, a maior energia de raios gama observada foi de 75 TeV, e foi detectada pelo telescópio HEGRA nas Ilhas Canárias.

Os cientistas levantam as seguintes hipóteses sobre como os raios gama de alta energia são gerados:

Primeiro, os elétrons aceleram na nebulosa até um petaeletronvolt (PeV), equivalente a 1.000 bilhões de elétron volts; então, os elétrons de PeV interagem com a radiação de microondas cósmica de fundo (CMBR), a radiação remanescente do Big Bang que preenche todo o universo; e então um fóton CMBR é disparado em até 450 TeV por um elétron PeV.

Imagem óptica do Hubble, de uma pequena região da Nebulosa do Caranguejo que mostra sua estrutura filamentosa

Esta descoberta é um marco na busca pela origem dos misteriosos raios cósmicos”,

disse o professor Chen Yang, especialista em supernovas da Universidade de Nanjing.

Antes desta descoberta, muitos cientistas acreditavam que os fótons não poderiam acelerar para uma energia maior que 100 TeV”,

disse o cientista chinês Huang Jing, um dos participantes do estudo, citado pela agência Xinhua.

Os cientistas concluíram que a Nebulosa do Caranguejo é o acelerador de elétrons natural mais poderoso da nossa galáxia.

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