Imagem inédita revela “outro” ATLAS se desintegrando antes de chegar à Terra

Uma foto recente de C-2025 K1 (ATLAS) mostra que ele desenvolveu um brilho dourado após passar pelo ponto mais próximo do Sol.

Novas imagens de alta resolução confirmam que o cometa C/2025 K1 (ATLAS) fragmentou-se pouco depois de passar pelo periélio — um colapso dramático que ocorreu dias antes de sua maior aproximação prevista à Terra no final deste mês.

Observadores e astrofotógrafos registraram múltiplos subnúcleos e uma densa nuvem de detritos que agora se espalha pelo espaço, transformando um núcleo que parecia sólido em um espetáculo fragmentado e instável.

Esclarecimento urgente: este não é o cometa interestelar 3I/ATLAS

É fundamental distinguir este corpo do raro objeto interestelar 3I/ATLAS. Embora ambos tenham sido detectados pela mesma rede de busca (o sistema ATLAS), C/2025 K1 é um cometa do nosso Sistema Solar e não um visitante interestelar — uma diferença que altera completamente a narrativa científica e pública.

Uma foto recente de C/2025 K1 (ATLAS) mostra que ele desenvolveu um brilho dourado após passar pelo ponto mais próximo do Sol. Crédito da imagem: Dan Bartlett.
Uma foto recente de C/2025 K1 (ATLAS) mostra que ele desenvolveu um brilho dourado após passar pelo ponto mais próximo do Sol. Crédito da imagem: Dan Bartlett.

O cometa C/2025 K1 (ATLAS) foi identificado em maio pelo levantamento ATLAS. Ele alcançou seu periélio em 8 de outubro de 2025, quando passou muito perto do Sol — e embora inicialmente parecesse ter resistido ao evento extremo, imagens posteriores revelaram que a tensão gravitacional e surtos de atividade acabaram por fragmentar o núcleo.

O astrônomo Gianluca Masi, do Virtual Telescope Project, publicou imagens mostrando várias “partes” visíveis — subnúcleos e nuvens de detritos — e um rastro evidente logo abaixo do fragmento principal; sequências e animações exibem a evolução em questão de horas, confirmando uma fragmentação real e persistente.

Próximo ao periélio, o cometa sofreu um súbito evento de brilho que fez sua tonalidade mudar da típica coloração esverdeada (associada a carbono diatômico) para um tom dourado. Essa transformação intrigante pode estar ligada à composição atípica do cometa — por exemplo, à falta relativa de certos compostos de carbono na coma — mas a causa exata permanece em estudo.

Onde olhar — quando e como ver

Mapa estelar mostrando a posição do cometa C/2025 K1 (ATLAS) na constelação da Ursa Maior em 14 de novembro de 2025.
Mapa estelar mostrando a posição do cometa C/2025 K1 (ATLAS) na constelação da Ursa Maior em 14 de novembro de 2025.

Atualmente o remanescente do cometa apresenta brilho fraco, observável com telescópios amadores e binóculos potentes; mapas e efemérides atualizados podem ser consultados em ferramentas como TheSkyLive para programar a observação noite a noite.

O que resta do cometa fará sua maior aproximação à Terra em 25 de novembro de 2025, quando passará a aproximadamente ~60 milhões de km (cerca de 0,40 UA) — distância segura, mas suficientemente próxima para ser um evento observacional relevante.

O que a fragmentação nos revela — e por que isso importa

Uma nova imagem do cometa C/2025 K1 (ATLAS) obtida por telescópio mostra que ele se fragmentou após sua recente aproximação ao Sol. O cometa não tem relação com o cometa interestelar 3I/ATLAS. Crédito da imagem: Gianluca Masi / The Virtual Telescope Project.
Uma nova imagem do cometa C/2025 K1 (ATLAS) obtida por telescópio mostra que ele se fragmentou após sua recente aproximação ao Sol. O cometa não tem relação com o cometa interestelar 3I/ATLAS. Crédito da imagem: Gianluca Masi / The Virtual Telescope Project.
A desintegração de C/2025 K1 (ATLAS) oferece uma janela rara para estudar a estrutura interna de cometas:

Como se quebram os núcleos, quais materiais aparecem quando o núcleo se expõe e como o Sol redistribui poeira e gelo no processo. Em contraste com o resistente e incomum 3I/ATLAS, a fragmentação de K1 reforça que cada cometa tem uma história e composição próprias.

Observação final: o céu muitas vezes nos oferece espetáculos violentos e efêmeros — e o “Outro Cometa ATLAS” entrega agora um show dourado e fragmentado, cheio de pistas científicas a serem decifradas.



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