Pela segunda vez na história! Filmaram uma lula-gigante

-A equipe da expedição observou o clipe do ataque repetidas vezes, examinando os detalhes de como as ventosas estavam posicionadas e consultando os livros de identificação
A equipe da expedição observou o clipe do ataque repetidas vezes, examinando os detalhes de como as ventosas estavam posicionadas e consultando os livros de identificação
Os cientistas da NOAA captaram imagens da criatura em águas profundas, perto da costa de Nova Orleães.

Na última semana, cientistas gravaram um raro vídeo de uma fugidia e pouco vista lula gigante, que deleitou a comunidade científica e os espectadores.

Os investigadores da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA) filmaram a enorme lula no dia 19 de Junho, graças à tecnologia da câmara Medusa, que o molusco marinho confundiu com comida.

Pela segunda vez na história, conseguimos capturar em vídeo uma lula-gigante nadando em seu habitat natural.

A filmagem de 25 segundos foi registrada por um novo sistema de câmeras chamado:

Medusa”.

A Medusa foi desenvolvida pela Dra. Edith Widder, fundadora da Associação de Pesquisa e Conservação dos Oceanos e parte da equipe de cientistas que gravou o primeiro vídeo de uma lula-gigante nadando ao largo do arquipélago Ogasawara, no Japão, em 2012.

Veja o vídeo de 2012 no Japão:

A realização desta gravação é pouco comum, porque as lulas gigantes vivem a muitos metros de profundidade, onde chega pouca luz.

Os cientistas continuam sem saber muito sobre as espécies que habitam nas profundezas do mar.

A maioria dos veículos de controlo remoto (ROVs) que os cientistas enviam para esses abismos escuros estão equipados com luzes brancas fortíssimas que nos ajudam a ver melhor as suas descobertas, mas, por outro lado, os animais de águas profundas não estão habituados a essa luminosidade e, geralmente, escondem-se destas grandes e ruidosas máquinas.

A Medusa, no entanto, foi projectada de forma diferente, imitando a bioluminescência das medusas que vivem no fundo dos oceanos.


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A câmera usada emprega luz vermelha que a maioria das criaturas do mar não consegue ver. Além disso, possui uma isca óptica na forma de um anel de luzes de LED que se assemelha a uma água-viva bioluminescente que não ofusca as criaturas adaptadas à escuridão, por isso, graças a esse design, a Medusa conseguiu captar um dos poucos vídeos alguma vez gravados de uma lula gigante e o primeiro em águas americanas.

Veículos operados remotamente (ROVs)

A criatura da nossa imaginação não vive em águas cristalinas, mas sim entre as ferramentas mais poderosas da nossa infra-estrutura energética”,

escreveram os cientistas Sönke Johnsen e Edith Widder num post no seu blog, referindo-se às plataformas de petróleo das águas no fundo do Golfo do México.

Os investigadores ficaram eufóricos com a imagem da lula e quiseram apressar-se a identificá-la com exatidão. Como não tinham acesso à Internet, recorreram aos livros, esperando pela última palavra dos seus colegas que estavam em Terra.

Depois de 30 minutos dessas primeiras imagens, o barco em que seguiam foi atingido por um relâmpago.

Os investigadores, sozinhos em mar aberto, tentaram rapidamente verificar se todos estavam bem e se o computador funcionava corretamente.

A perda destas imagens raras poderia ter sido devastadora, de acordo com o post no blog, mas, felizmente, o computador que continha a gravação tinha sobrevivido.

Pouco depois, o especialista neste tipo de criaturas marinhas, Michael Vecchione, que trabalha para o Serviço Nacional de Pesca Marinha no Smithsonian, disse ter praticamente a certeza de que o animal nas imagens era uma lula gigante.

A equipe da expedição observou o clipe do ataque repetidas vezes, examinando os detalhes de como as ventosas estavam posicionadas e consultando os livros de identificação.

O esforço deu resultado. Cerca de 20 horas de gravação da quinta implantação da Medusa depois, o Dr. Nathan Robinson, diretor do Instituto Cape Eleuthera nas Bahamas, viu os tentáculos se infiltrando na visão da câmera e correu chamar a Dra. Widder.

O vídeo foi captado no âmbito de uma missão alargada, que tem como objectivo explorar as profundezas obscuras do Golfo do México.

Aos poucos, a criatura inteira emergiu do centro da tela escura: um animal longo e ondulante que de repente se abriu em uma massa de braços e tentáculos retorcidos. Dois se estenderam e agarraram a isca.

Por um longo momento, a lula pareceu explorar a estranha “água-viva” em perplexidade. E então se foi, retornando ao escuro.


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Para os cientistas, a filmagem foi empolgante.

Veja:

As pessoas começaram a se aglomerar, gritando, ficando muito animadas, mas tentando não ficar muito animadas”,

disse Widder.

Porque nós tínhamos que ter certeza de que era realmente o que achávamos que era”.

O que, no passado eram considerados monstros temíveis, são agora criaturas curiosas e magníficas, uma delícia para o olho humano”,

escreveram Johnsen e Widder.

E acrescentaram:

Gostamos de sentir que a ciência e a investigação foram responsáveis por essa mudança, tornando o mundo num lugar menos assustador e mais surpreendente com cada novo conhecimento”.

A equipe da expedição observou o clipe do ataque repetidas vezes, examinando os detalhes de como as ventosas estavam posicionadas e consultando os livros de identificação.

As lulas-gigantes não são as únicas lulas que vivem no fundo do mar, e esta tinha apenas cerca de 3 metros de comprimento: provavelmente um juvenil em uma espécie que pode atingir 12 metros.

A equipe procurou Michael Vecchione, especialista em cefalópodes no Museu Nacional de História Natural Smithsonian (EUA), para confirmar o que estavam vendo.

O novo vídeo, gravado a uma profundidade de 759 metros, em um local onde o fundo do oceano fica a 2.200 metros, oferece pistas raras e úteis para o habitat do animal e seus métodos de caça.

O tamanho e a localização do avistamento deixavam apenas uma outra identificação possível:

Asperoteuthis, uma lula com tentáculos muito mais longos e finos.

Vecchione confirmou:

tratava-se mesmo de uma lula-gigante, ou Architeuthis.

Ainda assim, os cientistas têm pouca ideia de como a espécie como um todo está se virando no fundo do mar, especialmente porque os oceanos que ela chama de lar estão aquecendo e se acidificando rapidamente.

“A lula-gigante poderia se extinguir sem que nós soubéssemos”.

A lula foi encontrada a 160 quilómetros da costa de Nova Orleães.

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